Campos dos Goytacazes volta a apostar pesado na produção de Etanol
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013As 10 últimas safras das usinas de Campos foram eminentemente açucareiras, pelo fato de que o preço do açúcar sempre foi mais compensador do que qualquer outro subproduto da cana-de-açúcar. Mas esse cenário irá se alterar, se acentuando nos próximos cinco anos, quando os papéis devem se inverter, com o etanol sendo mais produzido do que o açúcar, ou, na pior das hipóteses, uma isonomia na linha de produção.
O presidente do Sindicato das Indústrias Sucroenergéticas, Geraldo Coutinho, avalia que a soma de fatores diversos já forçam as usinas de guia São Paulo a ter esse tipo de linha na cidade de Campos dos Goytacazes de produção, e isso vai se intensificar com as medidas adotadas pelo governo, que irá elevar de 20% para 25% a adição de etanol em cada litro de gasolina. E essa tendência é mundial, pois o etanol ainda é considerado a melhor matriz energética renovável, sendo um combustível ecologicamente correto.
O etanol deve passar a ser tratado, ainda nesta década, como commoditie e isso significa que terá previsão de preço em mercado futuro. Então, o terreno é fértil para se plantar a matéria-prima, a cana-de-açúcar. Porém, em Campos, não é tão fértil assim, não pela qualidade do solo, ou pela variedade da cana plantada, e sim por falta de apoio ao setor, que precisa de investimentos para novos plantios e de irrigação, pois o clima na região vem mudando sua característica, estando hoje semelhante ao Nordeste do país. Esses fatores são apontados como responsáveis pela previsão de queda de até 20% na produção da safra de 2013/2014, na região.
A Coagro, que está completando 10 anos de moagem, tem projeto para intensificar o plantio e a produção de etanol. Firmou um protocolo de intenções com o grupo MPE, que está sendo formatado para revitalizar a usina Sapucaia, que já foi a maior do Estado do Rio de Janeiro. O foco da produção vai depender do mercado, e o mercado parece que vai depender muito do etanol, como avaliou o presidente da Coagro, Frederico Paes.
Um novo grupo que se instalou em Campos, comprando no primeiro momento a destilaria Canabrava e no ano passado tornou-se proprietário da usina Santa Cruz, já definiu seu foco no etanol, que promete uma safra crescente em termos de produção na linha.
A questão já abordada é a falta de matéria-prima. Para Campos entrar em um cenário competitivo na produção de etanol, em termos de quantidade, será preciso mais do que triplicar a produção de cana, o que é uma tarefa árdua, mas não impossível.
Fonte: Campos 24 Horas
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